sábado, 31 de maio de 2008

È proibido fumar


Não poderia deixar de falar sobre esse assunto hoje.
Infelizmente ainda muitas pessoas no mundo morrem ou estão doentes por conta do tabagismo.
Possuo alguns amigos queridos que ainda fumam e as vezes sei que sou chata ao insistir em pegar no pé deles.
O fato é que jamais gostaria de ver qualquer um deles doentes ou mortos por causa de um de troço* (modo popular de se referir a alguma coisa) envenenado enrolado num pedaçinho de papel branco e ocre.
È um vício maldito e sei que é complicado para deixá-lo pois, envolve uma série de fatores físicos, genéticos e principalmente psicológicos ,mas não é impossível.
Sou pelo menos de uma quarta geração de não fumante e sei que isso deve ter alguma influência para o fato de jamais ter chegado perto de um cigarro para fumar e pra eliminar qualquer possibilidade de um dia me tornar fumante,tenho uma rinite alérgica terrivel às toxinas que tem na fumaça que, além de deixar quem fuma e quem ta por perto com uma inhaca terrivel, nos faz fumantes passivos.
Só para ter uma idéia no que contém em cada cigarrinho aqui vai:
_ mistura de aproximadamente 4.720 substâncias tóxicas diferentes
_Essas substâncias tóxicas atuam sobre os mais diversos sistemas e órgãos, contém mais de 60 cancerígenos que são eles ....
Nicotina - é a causadora do vício e cancerígena;
Benzopireno - substância que facilita a combustão existente no papel que envolve o fumo;
Substâncias Radioativas - polônio 210 e carbono 14;
Agrotóxicos - DDT;
Solvente - benzeno;
Metais Pesados - chumbo e o cádmio (um cigarro contém de 1 a 2 mg,
concentrando-se no fígado, rins e pulmões, tendo meia-vida de 10 a 30 anos,
o que leva a perda de capacidade ventilatória dos pulmões, além de causar dispnéia, enfisema, fibrose pulmonar, hipertensão, câncer nos pulmões, próstata, rins e estômago);
Níquel e Arsênico - armazenam-se no fígado e rins, coração, pulmões, ossos e dentes resultando em gangrena dos pés, causando danos ao miocárdio etc..;

E uma outra conseguencia que vem trazendo muitos problemas conjugais e de auto-estima:O tabaco causa impotência sexual!!

Além de esteticamente deixar os dentes amarelados, um mal hálito de doer, cabelo impregnado, a pele flácida , micro rugas em volta da boca que para as mulheres é uma tragédia pois o batom vai escapando e "correndo" pelas ruguinhas...
Bem, torço por todos os fumantes que por ventura venham ler essa postagem, tomara que retirem de sí toda força para deixar esse hábito maldito .
Saúde para todos!!
Beijos.

terça-feira, 27 de maio de 2008

Ombrófila




Ela é úmida.
De verde perene.
Cobria 100 milhões de hectares quase que contínuo.
Mesmo devastada , ainda hoje ocupa um vasto território equivalente ao da França e Espanha juntas.
Estou falando de nossa mata atlântica .
Hoje é o Dia nacional da Mata Atlântica que é entre as florestas tropicais úmidas do planeta a mais rica ,reúne 15% de todas as formas de vida animal e vegetal do mundo; o número de espécies de aves - mais de 650 identificadas até hoje – é maior que o catalogado em toda a Europa.
Essa imensidão verde que ainda hoje cobre do Rio Grande do Sul ao Rio Grande do Norte, foi muito devastada e destruída por nossos colonizadores e invasores mas, até hoje, ainda é destruída de várias formas.
Há muitos projetos de reflorestamento já em ação e com ótimos resultados e esperamos que consigam reestabelecer boa parte do que foi perdido.
O Brasil está entre os sete países detentores de megabiodiversidade, uma riqueza excepcional que se concentra principalmente nas Florestas Atlântica , Amazônica e não podemso esquecer do Cerrado.
Sabemos que tem muita gente de olho nessas riquezas e precisamos urgentemente dar um destino melhor as nossas matas.


Crianças queridas.
Ando precisando de férias (risos).
Desculpem a demora nas atualizações mas sempre que der uma folguinha passarei por aqui. Agora só falta um mês e uma semana para um descanso.
Beijos e obrigada pela visita!!

terça-feira, 20 de maio de 2008

Boa sorte

"Continuo achando graça nas coisas, gostando cada vez mais das pessoas, curiosa sobre tudo, imune ao vinagre, às amarguras, aos rancores."Zélia Gattai


Ela amou muito
Também foi bem amada
Conheceu muitos lugares pelo mundo
Plantou arvores,flores e filhos
Escreveu livros e cozinhava para quem amava.
Vivei 91 anos.
Hoje foi transformada em nuturiente para um jardin.
Uma mulher de muita sorte.
Durma em paz Zélia!

Boa Sorte

Beto Guedes

O tema da canção
Meu coração guardou
Para dar a quem trouxer
A mensagem dos caminhos
Livres
Viagens de buscar
Sertão e beira-mar
Brincar de bem-me-quer
E uma doce companheira
Sempre
Hoje a noite serenou
Orvalho nos quintais
Acordei pensando em nós
E uma estrela caiu
Lembrei de não chorar
O tempo que passou
Lembrei de desejar
Boa sorte pra você
E o dia clareou

domingo, 18 de maio de 2008

Pedras de Portugal

O Rio de Janeiro sem dúvida é uma das mais belas cidades do mundo.
A exuberância da natureza é incontestável.
Talvez seja uma das cidades brasileiras que mais de Portugal tem , seja no chiado e "esses" excessivos na fala, seja no amor pelas mulatas, na poética e amor ao mar,seja por suas belas calçadas de pedras portuguesas que são verdadeiras obras de arte...
Existe um livro bem interessante que trata das calçadas do Rio que são mesmo magníficas. O livro se chama , O RIO QUE EU PISO, de Iolanda Teixeira e fotografias de Bruno Veiga. Vou deixar com voces uma nesguinha dessas fotografias. Para quem se interesar sobre esse assunto, há um link que mostra várias calçadas em Portugal que mostra a influência portuguesa em várias partes do mundo onde foi colônia de Portugal e as imagens nos remete bem ao calçamento do Rio de Janeiro.










Desculpem a ausência queridos.
O tempo anda curtinho,mas me breve voltarei ativa.Beijos!!




segunda-feira, 12 de maio de 2008

Ser humano-Finito como matéria e infinito como essência

Imagem de Michel Henricot
Tabacaria é um impressionante poema escrito em 15 de Janeiro de 1928 por Álvaro de Campos, heterônimo de Fernando Pessoa.
Quando ainda era adolescente li esse poema e ele me abalou profundamente no que diz respeito a reflexão de vida,condição humana,nossas essências.Depois que li esse poema, me apaixonei de vez pelas pessoas do Pessoa.
Vale a pena ler e refletir.

Tabacaria



Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.


Janelas do meu quarto,
Do meu quarto de um dos milhões do mundo que ninguém sabe quem é
(E se soubessem quem é, o que saberiam?),
Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente,
Para uma rua inacessível a todos os pensamentos,
Real, impossivelmente real, certa, desconhecidamente certa,
Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres,
Com a morte a por umidade nas paredes e cabelos brancos nos homens,
Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada de nada.


Estou hoje vencido, como se soubesse a verdade.
Estou hoje lúcido, como se estivesse para morrer,
E não tivesse mais irmandade com as coisas
Senão uma despedida, tornando-se esta casa e este lado da rua
A fileira de carruagens de um comboio, e uma partida apitada
De dentro da minha cabeça,
E uma sacudidela dos meus nervos e um ranger de ossos na ida.


Estou hoje perplexo, como quem pensou e achou e esqueceu.
Estou hoje dividido entre a lealdade que devo
À Tabacaria do outro lado da rua, como coisa real por fora,
E à sensação de que tudo é sonho, como coisa real por dentro.


Falhei em tudo.
Como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse nada.
A aprendizagem que me deram,
Desci dela pela janela das traseiras da casa.
Fui até ao campo com grandes propósitos.
Mas lá encontrei só ervas e árvores,
E quando havia gente era igual à outra.
Saio da janela, sento-me numa cadeira. Em que hei de pensar?


Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou?
Ser o que penso? Mas penso tanta coisa!
E há tantos que pensam ser a mesma coisa que não pode haver tantos!
Gênio? Neste momento
Cem mil cérebros se concebem em sonho gênios como eu,
E a história não marcará, quem sabe?, nem um,
Nem haverá senão estrume de tantas conquistas futuras.
Não, não creio em mim.
Em todos os manicômios há doidos malucos com tantas certezas!
Eu, que não tenho nenhuma certeza, sou mais certo ou menos certo?
Não, nem em mim...
Em quantas mansardas e não-mansardas do mundo
Não estão nesta hora gênios-para-si-mesmos sonhando?
Quantas aspirações altas e nobres e lúcidas -
Sim, verdadeiramente altas e nobres e lúcidas -,
E quem sabe se realizáveis,
Nunca verão a luz do sol real nem acharão ouvidos de gente?
O mundo é para quem nasce para o conquistar
E não para quem sonha que pode conquistá-lo, ainda que tenha razão.
Tenho sonhado mais que o que Napoleão fez.
Tenho apertado ao peito hipotético mais humanidades do que Cristo,
Tenho feito filosofias em segredo que nenhum Kant escreveu.
Mas sou, e talvez serei sempre, o da mansarda,
Ainda que não more nela;
Serei sempre o que não nasceu para isso;
Serei sempre só o que tinha qualidades;
Serei sempre o que esperou que lhe abrissem a porta ao pé de uma parede sem porta,
E cantou a cantiga do Infinito numa capoeira,
E ouviu a voz de Deus num poço tapado.
Crer em mim? Não, nem em nada.
Derrame-me a Natureza sobre a cabeça ardente
O seu sol, a sua chava, o vento que me acha o cabelo,
E o resto que venha se vier, ou tiver que vir, ou não venha.
Escravos cardíacos das estrelas,
Conquistamos todo o mundo antes de nos levantar da cama;
Mas acordamos e ele é opaco,
Levantamo-nos e ele é alheio,
Saímos de casa e ele é a terra inteira,
Mais o sistema solar e a Via Láctea e o Indefinido.


(Come chocolates, pequena;
Come chocolates!
Olha que não há mais metafísica no mundo senão chocolates.
Olha que as religiões todas não ensinam mais que a confeitaria.
Come, pequena suja, come!
Pudesse eu comer chocolates com a mesma verdade com que comes!
Mas eu penso e, ao tirar o papel de prata, que é de folha de estanho,
Deito tudo para o chão, como tenho deitado a vida.)


Mas ao menos fica da amargura do que nunca serei
A caligrafia rápida destes versos,
Pórtico partido para o Impossível.
Mas ao menos consagro a mim mesmo um desprezo sem lágrimas,
Nobre ao menos no gesto largo com que atiro
A roupa suja que sou, em rol, pra o decurso das coisas,
E fico em casa sem camisa.


(Tu que consolas, que não existes e por isso consolas,
Ou deusa grega, concebida como estátua que fosse viva,
Ou patrícia romana, impossivelmente nobre e nefasta,
Ou princesa de trovadores, gentilíssima e colorida,
Ou marquesa do século dezoito, decotada e longínqua,
Ou cocote célebre do tempo dos nossos pais,
Ou não sei quê moderno - não concebo bem o quê -
Tudo isso, seja o que for, que sejas, se pode inspirar que inspire!
Meu coração é um balde despejado.
Como os que invocam espíritos invocam espíritos invoco
A mim mesmo e não encontro nada.
Chego à janela e vejo a rua com uma nitidez absoluta.
Vejo as lojas, vejo os passeios, vejo os carros que passam,
Vejo os entes vivos vestidos que se cruzam,
Vejo os cães que também existem,
E tudo isto me pesa como uma condenação ao degredo,
E tudo isto é estrangeiro, como tudo.)


Vivi, estudei, amei e até cri,
E hoje não há mendigo que eu não inveje só por não ser eu.
Olho a cada um os andrajos e as chagas e a mentira,
E penso: talvez nunca vivesses nem estudasses nem amasses nem cresses
(Porque é possível fazer a realidade de tudo isso sem fazer nada disso);
Talvez tenhas existido apenas, como um lagarto a quem cortam o rabo
E que é rabo para aquém do lagarto remexidamente


Fiz de mim o que não soube
E o que podia fazer de mim não o fiz.
O dominó que vesti era errado.
Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me.
Quando quis tirar a máscara,
Estava pegada à cara.
Quando a tirei e me vi ao espelho,
Já tinha envelhecido.
Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó que não tinha tirado.
Deitei fora a máscara e dormi no vestiário
Como um cão tolerado pela gerência
Por ser inofensivo
E vou escrever esta história para provar que sou sublime.


Essência musical dos meus versos inúteis,
Quem me dera encontrar-me como coisa que eu fizesse,
E não ficasse sempre defronte da Tabacaria de defronte,
Calcando aos pés a consciência de estar existindo,
Como um tapete em que um bêbado tropeça
Ou um capacho que os ciganos roubaram e não valia nada.


Mas o Dono da Tabacaria chegou à porta e ficou à porta.
Olho-o com o deconforto da cabeça mal voltada
E com o desconforto da alma mal-entendendo.
Ele morrerá e eu morrerei.
Ele deixará a tabuleta, eu deixarei os versos.
A certa altura morrerá a tabuleta também, os versos também.
Depois de certa altura morrerá a rua onde esteve a tabuleta,
E a língua em que foram escritos os versos.
Morrerá depois o planeta girante em que tudo isto se deu.
Em outros satélites de outros sistemas qualquer coisa como gente
Continuará fazendo coisas como versos e vivendo por baixo de coisas como tabuletas,


Sempre uma coisa defronte da outra,
Sempre uma coisa tão inútil como a outra,
Sempre o impossível tão estúpido como o real,
Sempre o mistério do fundo tão certo como o sono de mistério da superfície,
Sempre isto ou sempre outra coisa ou nem uma coisa nem outra.


Mas um homem entrou na Tabacaria (para comprar tabaco?)
E a realidade plausível cai de repente em cima de mim.
Semiergo-me enérgico, convencido, humano,
E vou tencionar escrever estes versos em que digo o contrário.


Acendo um cigarro ao pensar em escrevê-los
E saboreio no cigarro a libertação de todos os pensamentos.
Sigo o fumo como uma rota própria,
E gozo, num momento sensitivo e competente,
A libertação de todas as especulações
E a consciência de que a metafísica é uma consequência de estar mal disposto.


Depois deito-me para trás na cadeira
E continuo fumando.
Enquanto o Destino mo conceder, continuarei fumando.


(Se eu casasse com a filha da minha lavadeira
Talvez fosse feliz.)
Visto isto, levanto-me da cadeira. Vou à janela.
O homem saiu da Tabacaria (metendo troco na algibeira das calças?).
Ah, conheço-o; é o Esteves sem metafísica.
(O Dono da Tabacaria chegou à porta.)
Como por um instinto divino o Esteves voltou-se e viu-me.
Acenou-me adeus, gritei-lhe Adeus ó Esteves!, e o universo
Reconstruiu-se-me sem ideal nem esperança, e o Dono da Tabacaria sorriu.

Álvaro de Campos, 15-1-1928

sábado, 3 de maio de 2008

Créu


Teresinha Chico Buarque/1977-1978
Para a peça Ópera do malandro, de Chico Buarque

O primeiro me chegou
Como quem vem do florista
Trouxe um bicho de pelúcia
Trouxe um broche de ametista
Me contou suas viagens
E as vantagens que ele tinha
Me mostrou o seu relógio
Me chamava de rainha
Me encontrou tão desarmada
Que tocou meu coração
Mas não me negava nada
E, assustada, eu disse não
O segundo me chegou
Como quem chega do bar
Trouxe um litro de aguardente
Tão amarga de tragar
Indagou o meu passado
E cheirou minha comida
Vasculhou minha gaveta
Me chamava de perdida
Me encontrou tão desarmada
Que arranhou meu coração
Mas não me entregava nada
E, assustada, eu disse não
O terceiro me chegou
Como quem chega do nada
Ele não me trouxe nada
Também nada perguntou
Mal sei como ele se chama
Mas entendo o que ele quer
Se deitou na minha cama
E me chama de mulher
Foi chegando sorrateiro
E antes que eu dissesse não
Se instalou feito um posseiro
Dentro do meu coração

"O meu amor tem um jeito manso que é só seuQue rouba os meus sentidos, viola os meus ouvidosCom tantos segredos lindos e indecentesDepois brinca comigo, ri do meu umbigoE me crava os dentes..."
Lembro-me que em 1978, quando eu tinha apenas 14/15 anos, o frisson que essa letra provocou em nossos ouvidos,alias que toda obra "Òpera do Malandro" provocou .
Estavamos ainda no ensino médio e em tempos de muita censura,as letras eram impressionantemente sensuais e eróticas para os padroes da época, imaginem aos nossos ouvidos adolescentes.
As letras e as melodias são belissimas e para mim é a melhor peça musicada Brasileira mesmo gostando muito de Morte e vida Severina e outras tantas.
Talvez goste dela por que mexeu com meu imaginário adolescente...
Enquanto isso, um carro passa ao longe a todo volume com a deprimente e vazia "Creu" ...
Em tempos de mulher melancia,ando sentindo falta da poética do Chico.

A ópera do Malandro é ambientada em um bordel, ela conta a história de um malandro carioca, tentando sobreviver nos anos 40, final da ditadura de Getúlio Vargas – clima bem parecido com o de 1978. Como espetáculo musical, que é, a trama gira em torno de Max, ídolo dos bordéis.
O cenário é a Lapa das prostitutas e da pancadaria; o período – a década de 40 – com a Guerra assolando o mundo e mandando seus ecos para o Brasil. A Ópera do Malandro põe em cena a rivalidade entre o contrabandista Max Overseas e Fernandes de Duran, o dono dos prostíbulos da Lapa.Terezinha esta no meio de toda trama...
A peça "Ópera do malandro", escrita por Chico Buarque em 1978, é uma maravilhosa obra que fala sobre a figura imortal do Malandro, personagem que, hoje, vê graça na própria desgraça, pois, como diz o próprio "Epílogo do Epílogo" da peça, "O malandro/Tá na greta/Na sarjeta/Do país/E quem passa/Acha graça/Na desgraça/Do infeliz"As canções que compõem a peça são todas de Chico Buarque. Elas são as seguintes:
1. O Malandro
2. Viver do amor
3. Tango do Covil
4. Doze anos
5. Casamento dos pequenos burgueses
6. Terezinha
7. Sempre em frente
8. Homenagem ao malandro
9. Folhetim
10. Ai se eles me pegam agora
11. Se eu fosse teu patrão
12. O meu amor
13. Geni e o zepelim
14. Pedaço de mim
15. Ópera


Eu tenho esse vinilzão...
Olha a capa e a contra capa!