domingo, 15 de novembro de 2015

Rio doce ...


Hoje amanheci me sentido centenaria,varios séculos , nao no corpo, seculos na carcaça da minha alma...Um cansaço, como se todas, ou quase todas as pessoas que me eram contemporaneas tivessem morrido e eu estivesse só , sem ter com quem me identificar , nem muito o que conversar.Como se eu falasse um dialeto que nao mais existe.Como que se nao fosse desse planeta.Penso que única paz possivel para o mundo é a paz de espirito .Não há como ter outra PAZ se nao começar por isso. Podemos fazer novenas sem fim, não haverá paz .Não haverá!! E essa Paz só se acha quando a gente se encontra com a gente mesmo e bebe do nosso veneno, amargo, e consegue perceber como nada somos, e como tudo somos, inclusive tudo de ruim, pois é facil reconhecer o que em nos é bom e espetacular...quase sempre é fácil .Quando a gente se perdoa, e vai apagando as coisas que não tem perdão da vida da gente, a paz vai tomando lugar e tudo que a gente quer é não se meter em nenhuma treta, pois um lugar chamado Paz é muito bom de se viver. Fernando Pessoa escreveu esse texto ai embaixo que é meio que a bandeira filosofica de Sto Inácio, que era seguidor de Cristo a quem eu sigo e me identifico . Desprender-se de si mesmo, de nossas conveniências, nossos interesses, nossas necesidades, pois a paz de espirito é saber que podemos até nao conquistar a paz de espirito quando fazemos o que é certo e tem que ser feito. Paradoxos...Ter tudo quando não temos mais nada. Tomara que as pessoas do Rio Doce consigam encontrar essa paz por dentro, pois estão exatamente nesse patamar material: sem nada. Tomara.

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